A peça sem lembrança
Antônia não perdeu tempo, se inscreveu em aulas de teatro e
logo começou a se readaptar na peça teatral. Ela ficou feliz e também focada no
seu objetivo, estava ali não por hobby ou diversão, mas tinha que aprender para
então fazer uma excelente prova prática no final do ano e ainda era abril, ela
tinha um tempo cronometrado até dezembro.
Na primeira aula ela então foi entusiasmada, e quando chegou
lá realmente viu que não era a única que gostava daquilo, havia uma média de
pessoas ali, quais eram as pretensões de cada uma cada um que sabe, mas a
dela,ela já sabia de letra. Enquanto que a professora não havia chegado em classe, alguém
te cutuca e pergunta:
-Você por aqui?
- Sim, espera um pouco, minha memória é de elefante, então acho
que sei quem é, mas não lembro seu nome... Logo indaguei
-Sou Douglas, Antônia.
Ele lembrava meu nome e eu não o dele, é minha memória de
elefante tá off pelo jeito,mas pude lembrar algo de nosso colegial e então
falei:
-Sim, agora lembro o Douglas da 4ª série, quanto tempo que não
te vejo!
-Bem vinda, eu já tenho tempo aqui, digamos que sou expert daqui, pois tenho esse dom, se precisar de
dicas estou á disposição para ajudá-la!
-Dom?
-Eu nasci para isto, sempre fui talentoso em peças, eu
sempre gostei de atuar desde o colegial, eu até já fiz peças fora do colégio,
em teatros municipais, enfim em outros palcos por ai... Falou ele confiante e
sorrindo.
-Caramba, eu não tinha ideia que você também gostava de
peça.
Tentei recorrer as
minhas lembranças do colegial, mas nada me vinha no momento, acho que minha
memória realmente estava lenta, mas consegui reconhecer sua aparência ele tem olhos
cinzas, e antigamente, diferente de atualmente tinha cabelo grande no tom castanho-escuro
mas agora seu cabelo está um pouco mais claro num tom castanho-mel, e pelo que
lembro ele freneticamente jogava bola e corria pelas quadras. Então ele
comenta:
-Sempre gostei, aliais já fizemos uma peça juntos, se lembra?
-Eu e você?
Não acreditava já não me lembrava do nome dele, minha
memória estava ainda revistando as gavetas de lembranças e aos poucos me
lembrava do passado, mas ele lembra que já fizemos uma peça juntos? Afinal quando
foi isso? Então quando estava para saber o que não lembrava, outra voz ouço
entrando em ação, era fina e aguda, vinda da professora, chamando-o:
-Douglas apresente-se aos seus novos colegas de turma
Então ele simplesmente simbolizou que conversaríamos depois,
logo ele apresentou-se fazendo gestos com cada sílaba de seu nome e depois da
sua apresentação ele me chama:
-Antônia venha se apresentar!
De repente fiquei vermelha, mas me levantei da cadeira e
assim no centro da sala, fiz minha apresentação
em aceno para “An” , um passo de hip-hop
para “Tô”,um símbolo de paz”Ni”, e dei um giro para “A”, Antônia, meu nome. Foi
engraçado, a partir de então foi a turma continuou esse embalo de apresentação.
Na primeira aula foi apenas apresentação de turma, conteúdo e
práticas que seriam ministradas durante
o curso.Após a aula, fui procurar-lo, mas a sala estava ainda lotada e a saída
travada, logo quando cheguei no corredor e vi ele com mais um grupo de pessoas,
logo fiquei tímida de chegar ali, entretanto ele me chama sorridente:
-Antônia, vem aqui!
Logo fui, mesmo sem graça, o incrível não é apresentar ao
público, pois sou excelente, mas já ser extrovertida socialmente, é mais o
contrário, ou seja sou introvertida, mas eu fui e então ele fala:
-Galera essa é Antônia, uma antiga colega de colegial.
-Olá Antônia, sou Matheus, e aqui do meu lado esquerdo é Laura
e aqui do outro lado é Patrícia.
-Olá Antônia –Respondem
as meninas
- Prazer em conhecer vocês!-
Respondi
Douglas então cheio de empolgação diz:
-Pessoal então estão animados para as próximas aulas, quero
avisar que todos tem que se invocar nos papéis, isso será muito trabalhoso, mas
valerá a pena!
E então ele começa a dar dicas para o pessoal que fica curioso,
em meio eu não queria perguntar ainda sobre o curso, ainda me perguntava qual peça que eu fiz com ele e não obtive a resposta, mas no momento não queria perguntar,pois nós estávamos tão entretidos de curiosidades do curso, que apenas me embalei nelas.
Após o papo, quando todos já tinha ido, eu fui perguntar-lhe novamente, e questionei-o :
-Douglas, queria te perguntar, afinal qual peça que fizemos
juntos mesmo?
E na espera de uma resposta ele me disse:
-Antônia, então você não se lembra dessa peça mesmo?
-Sinceramente não lembro, qual foi?
-Então te direi mais tarde, aliais você vai se lembrar dela
sim, com paciência vai saber, tenho que ir agora pois estou com compromissos, desculpe-me, mas
até amanhã.
Logo me deu um beijo na bochecha e acenou, foi embora andando com
sua mochila em passos longos. Já estava para ir embora mesmo, afinal qual o
motivo dele fazer tanto suspense com esta bendita peça que simplesmente não me
vinha a mente. Eis a dúvida, bem, ele disse que eu ia me lembrar e com
paciência saberia, se eu tenho memória de elefante eu devo me lembrar, mas logo
percebo que estou parada naquele corredor em meio ao entardecer ali sozinha, e que estou tão
viajada nos meus pensamentos que esqueci de ir logo embora , pois estava tarde, e fui para casa.
E no meu quarto fiquei a pensar que peça era aquela tão
misteriosa que eu não me lembrava. Espero lembrar-la, mas então voltando a
realidade, a aula foi emocionante, realmente me senti em casa lá, pelo fato de
estar me sentido segura, pois era o que eu estava precisando para atuar na prova prática, apesar que não teve nada de demais ainda, mas pelos conteúdos
que serão apresentados durante o curso, imagino que será empolgante.
O pessoal era bem amigável, apesar que Patrícia me parecia meio estranha com a minha presença diante do pessoal.E em relação a Douglas, como não podia me lembrar de seu nome, aliais ele está muito mudado, era um palito de menino e peste no colégio, nós cursamos se eu me lembro 4ª,5ª e 6ª série, mas depois nunca mais estudamos juntos ou nos contatamos, e como dizem “O mundo dá voltas” e aqui estamos, eu e ele numa mesma turma de teatro.
O pessoal era bem amigável, apesar que Patrícia me parecia meio estranha com a minha presença diante do pessoal.E em relação a Douglas, como não podia me lembrar de seu nome, aliais ele está muito mudado, era um palito de menino e peste no colégio, nós cursamos se eu me lembro 4ª,5ª e 6ª série, mas depois nunca mais estudamos juntos ou nos contatamos, e como dizem “O mundo dá voltas” e aqui estamos, eu e ele numa mesma turma de teatro.
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